No primeiro texto desta série, falamos sobre os glóbulos vermelhos. E se você não leu, e ficou interessado, é só clicar aqui, e no segundo texto falamos sobre os glóbulos brancos, e se você não tiver lido é só clicar aqui.
Neste texto vamos falar um pouquinho sobre as plaquetas.
As plaquetas são estruturas que estão presentes no sangue, e que não são realmente células completas. Elas são na verdade pedacinhos do citoplasma (uma parte das células) formados na medula óssea a partrir de células chamadas de megacariócitos.
As plaquetas ajudam a reparar lesões nos vasos sanguíneos, impedindo que pequenas lesões gerem perdas importantes de sangue, ou seja, hemorragias. Para que isso ocorra, elas são ativadas (termo bacana, né, parece um sistema de segurança ou algo assim, e acaba que é isso mesmo).
As plaquetas têm receptores que, quando entram em contato com substâncias específicas, levam à sua ativação, e aquelas plaquetinhas viram essas "estrelas" com várias pontas que estão ilustradas abaixo e que funcionam no contexto de uma cascata de coagulação, gerando a ativação de vários fatores que, por fim, irão basicamente fazer com que não tenhamos um sangramento grave.
Várias patologias hematológicas, e de outros órgãos e sistemas, podem causar aumento ou diminuição do número de plaquetas e da sua capacidade de funcionar para lidar com situações de perda de sangue.
A PTI (Ou Purpura Trombocitopênica Idiopática) é um exemplo de patologia que reduz o número de plaquetas substancialmente (Vamos falar dela em algum post oportunamente), mas a Dengue e a Covid19, por exemplo, também podem causar redução do número de plaquetas.
Para que o sistema de coagulação funcione dependemos de uma série de fatores, desde a presença das plaquetas, passando pela capacidade delas de se ativar (que é comprometida, por exemplo, por algumas medicações, como o AAS, por exemplo) e por vários fatores de coagulação, que podem estar alterados em diferentes patologias, como a Hemofilia, por exemplo.
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